"Lew saiu do escritório do impressor, que era apenas um galpão de
madeira improvisado, e voltou a descer o vale. Até agora, naquela
viagem, ninguém tentara atirar nele, ou pelo menos não havia prova de
tal coisa, mas o pressentimento de que isso ia acontecer havia aumentado
nos últimos dias quase a ponto de se transformar num problema
estomacal. Desde que arranjara aquele emprego, só dava atenção à
paisagem, fosse natural ou urbana, até onde ia o alcance das armas de
fogo mais comuns utilizadas pelos malfeitores possíveis – estando fora
desse raio, todas aquelas montanhas e pores do sol teriam que se virar
sem os olhares admirados de Lew Basnight."
Thomas Pynchon (1937-). Contra o dia (2006). São Paulo: Companhia das Letras, 2012. p. 177
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