"A opereta, que estava arrasando em Viena no momento, chamava-se O
rei burguês, a história do soberano de um país fictício da Europa
Central que, sentindo-se alienado de seu povo, resolve andar pelas ruas
disfarçado de membro da classe média urbana.
'Por que não como um camponês, Alteza? Um cigano, ou um trabalhador?'
'É necessário um certo nível de conforto, Schleppingsdorff. Quem passa
todo o dia trabalhando e dormindo não tem tempo para fazer observações,
quanto mais pensar... não é mesmo?'"
Thomas Pynchon (1937-). Contra o dia (2006). São Paulo: Companhia das Letras, 2012, p. 919
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