"Vi a mim mesmo arrastando-me pelo deserto do além, como um peregrino morto de cansaço, carregado com os inúmeros livros inúteis que havia escrito, com todos os artigos e opúsculos que havia publicado, seguido de um exército de leitores que se viram obrigados a tragar tudo aquilo. Meu Deus! E além disso, ali estavam também Adão e a maçã, e toda a restante culpa hereditária. Tinha de purgar tudo aquilo e só então poder-se-ia levantar a questão se havia algo pessoal, algo próprio que considerar, ou se todos os meus atos e suas conseqüências não seriam mais que espumas boiando no mar, ondulação sem sentido na torrente dos acontecimentos".
Hermann Hesse (1927)
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