"...em vez de assumir que estamos cansados, frustrados, derrubados
por uma desilusão, optamos por fingir que está tudo na mais perfeita
ordem e, para não passar pelo estresse de romper um casamento/pedir
demissão/trocar de cidade/ou o que for, a gente simplifica: se divorcia
do que está sentindo – ou seja, de nós mesmos. E botamos um farsante pra
existir no nosso lugar. [...]
Quando fazemos uma escolha,
qualquer escolha, estamos dizendo sim para um lado e dizendo não para o
outro. Então, algum sofrimento sempre vai haver. Não adianta se
autoproclamar o herói da resistência contra o fracasso. Todo mundo
fracassa em alguma coisa."
Martha Medeiros (1961-). Coisas da vida. Porto Alegre: L&PM, 2010, p. 80-81
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