quarta-feira, 22 de julho de 2015

Pedro Páramo

"– Sou eu, dom Pedro – disse Damiana. – Não quer que traga seu almoço?

Pedro Páramo respondeu:

– Vou até lá. Estou indo.

Apoiou-se nos braços de Damiana Cisneros e fez a tentativa de caminhar. Depois de alguns tantos passos caiu, suplicando por dentro; mas sem dizer uma única palavra. Deu uma batida seca contra a terra e foi se desmoronando como se fosse um montão de pedras."

Juan Rulfo (1917-1986). Pedro Páramo (1955). Rio de Janeiro: BestBolso, 2008, p. 137

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