"Lew pegou um panatela e acendeu-o. Depois de duas ou três baforadas
lentas: 'Você já saiu do trabalho nesta cidade quando o céu ainda está
claro e os lampiões estão começando a ser acesos nas grandes avenidas e
nas margens do lago, e as garotas todas já saíram dos escritórios e
lojas e estão indo para casa, e os restaurantes se preparando para
servir o jantar, e as vitrines estão reluzentes, e as carruagens todas
enfileiradas diante dos hotéis, e –'
'Não', Nate impaciente, com um olhar fixo, 'raramente. Eu fico no trabalho até tarde.'
Lew soprou um anel de fumaça, e mais alguns outros, concêntricos. 'Pois é, que merda, Nate'."
Thomas Pynchon (1937-). Contra o dia (2006). São Paulo: Companhia das Letras, 2012. p. 56-7
Thomas Pynchon (1937-). Contra o dia (2006). São Paulo: Companhia das Letras, 2012. p. 56-7
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