"O jovem Max Khäutsch, recém-nomeado capitão dos Trabants, estava em
sua primeira missão internacional, chefiando a Segurança Especial
K&K, já tendo demonstrado na Áustria sua utilidade como assassino,
dos mais letais, ao que parecia. O método habitual dos Habsburgo era
livrar-se dele em algum momento predeterminado em que sua utilidade
estivesse diminuída, mas ninguém estava disposto a tentar. Apesar de
jovem, segundo se dizia ele dava a impressão de ter acesso a recursos
além dos que eram seus, de se sentir à vontade em meio às sombras e de
não ter absolutamente nenhum princípio, além de nutrir um desprezo
constante pela diferença entre vida e morte. A decisão de enviá-lo à
América parecia apropriada."
Thomas Pynchon (1937-). Contra o dia (2006). São Paulo: Companhia das Letras, 2012. p. 52
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