"...então por que você continua nessa? Por quê? Por causa das
garotas? O uniforme de couro? O machismo da coisa? Ou é só por que você
acha um desafio interessante enfrentar o tédio imbecilizante desse
trabalho?
Arthur olhava para um e para outro, sem entender nada.
– Ah... – disse o guarda – ah... ah... sei não. Acho que eu faço isso
só pra... só por fazer, sabe. A titia me disse que trabalhar como guarda
de espaçonave é uma boa carreira para um rapaz vogon, sabe, o uniforme, a pistola de raio paralisante na cintura, o tédio imbecilizante...
– Está vendo, Arthur? – disse Ford, como quem chegou à conclusão de uma
argumentação. – E você que pensava que estava na pior. [...]
– Toda resistência é inútil! – berrou o guarda, e depois acrescentou: – Sabe, se eu persistir, vou acabar sendo promovido a oficial superior gritador, e normalmente não tem vaga pra quem não grita nem empurra gente, por isso acho melhor ficar mesmo fazendo o que sei fazer."
Douglas Adams (1952-2001). O guia do mochileiro das galáxias (1979). São Paulo: Arqueiro, 2010. p. 59-60
– Toda resistência é inútil! – berrou o guarda, e depois acrescentou: – Sabe, se eu persistir, vou acabar sendo promovido a oficial superior gritador, e normalmente não tem vaga pra quem não grita nem empurra gente, por isso acho melhor ficar mesmo fazendo o que sei fazer."
Douglas Adams (1952-2001). O guia do mochileiro das galáxias (1979). São Paulo: Arqueiro, 2010. p. 59-60
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