"O poeta [William Wordsworth] acusava as cidades de fomentarem uma
família de emoções contrárias à vida: angústia quanto à nossa posição na
hierarquia social, inveja do sucesso alheio, orgulho e desejo de
brilhar aos olhos de estranhos. Os cidadãos urbanos não tinham
perspectiva, afirmava o autor; eram joguetes do que se comentava nas
ruas e nas salas de jantar. Por mais que fossem abastados, tinham um
desejo incessante por coisas novas que não lhes faziam falta e das quais
não dependia a felicidade."
Alain de Botton (1969-). A arte de viajar. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2012, p. 136
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