"O zumbido do silêncio
insiste em nos atordoar
mas as nuvens que ainda restam
desistiram de tentar
parecer alguma coisa
e ao nos ver tão despertos
as derradeiras estrelas
se arregalam espantadas
com nossa imobilidade
e nós inertes e mudos
olhos fixos no escuro
constatamos insones
nossa intensa solidão."
Paulo Henriques Britto. Mínima lírica. 2ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2013, p. 17
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