"'É você! É sua culpa. Sua eterna insatisfeita.'
Era a minha
maldição. Teria de carregá-la por toda a vida. Como se um troll cruel
tivesse me batizado, ainda pequena, enquanto minha mãe, sem ter
consciência disso, já começava a ser exaurida pela Morte. Os dedos do
troll borrifando água envenenada em minha testa. 'Eu te batizo em nome
da ansiedade eterna, da busca eterna e da insatisfação eterna. Amém!'"
Joyce Carol Oates (1938-). Levo você até lá (2002). São Paulo: Globo, 2004, p. 20
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