"Dubi Dombrov – acorda às dez da manhã, suado, tonto e
sombrio,
vai ao banheiro dar uma mijada, as pálpebras ainda coladas,
depois abre a
torneira e lava-se em água fria.
Pensa em fazer a barba. Desiste. Veste a mesma camisa
cheirando a azedo do dia anterior e
vai aos trancos e apalpadelas até a cozinha fazer café.
Ao pegar no escorredor uma xícara limpa, uma aranha foge
rápida. Ora, por quê?
O que que há? O que foi que eu fiz? Que mal eu te fiz? Por que
até você foge
de mim?"
sombrio,
vai ao banheiro dar uma mijada, as pálpebras ainda coladas,
depois abre a
torneira e lava-se em água fria.
Pensa em fazer a barba. Desiste. Veste a mesma camisa
cheirando a azedo do dia anterior e
vai aos trancos e apalpadelas até a cozinha fazer café.
Ao pegar no escorredor uma xícara limpa, uma aranha foge
rápida. Ora, por quê?
O que que há? O que foi que eu fiz? Que mal eu te fiz? Por que
até você foge
de mim?"
Amós Oz. O mesmo mar. São Paulo: Companhia das Letras, 2014, p. 65
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