“Lá
você vai encontrar a minha querência. O lugar que eu amei. Onde os meus
sonhos emagreceram. Meu povoado, levantado sobre a planície. Cheio de
árvores e de folhas, como um cofre onde guardamos nossas memórias. Você
vai sentir que ali a gente gostaria de viver para a eternidade. O
amanhecer; a manhã; o meio-dia e a noite, sempre os mesmos; mas com a
diferença do ar. Lá, onde o ar muda a cor das coisas; onde a vida se
ventila como se fosse um murmúrio; como se fosse um puro murmúrio da
vida...”
Juan Rulfo (1917-1986). Pedro Páramo (1955). Rio de Janeiro: BestBolso, 2008, p. 70
Juan Rulfo (1917-1986). Pedro Páramo (1955). Rio de Janeiro: BestBolso, 2008, p. 70
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