"Tudo o que existe em mim de grave e carinhoso
Te digo aqui como se fosse ao teu ouvido...
Só tu mesma ouvirás o que aos outros não ouso
Contar do meu tormento obscuro e impressentido.
Em tuas mãos de morte, ó minha Noite escura!
Aperta as minhas mãos geladas. E em repouso
Eu te direi no ouvido a minha desventura
E tudo o que em mim há de grave e carinhoso."
Manuel Bandeira (1886-1968). Confidência (1913). In: Os melhores poemas de Manuel Bandeira. 5ª ed. São Paulo: Global, 1988, p. 55
Nenhum comentário:
Postar um comentário