"Um velho lago parado... cerrado... calado...
de águas turvas tranquilas,
realizava, no deslumbramento da noite clara,
seu sonho dourado de ser espelho.
Seu fundo lodoso e sombrio
refletia, cheio de orgulho,
um cortejo relumbrante de estrelas,
quando um sapo asqueroso
saltou sobre ele como um profano,
arrancando de suas águas
um arrepio de pavor
e um gemido estrangulado de agonia..."
Matsuô Bashô (1643-1694). Poética do Japão. In: Poesia Sempre. Ano 10, nº 17, Rio de Janeiro, Dezembro/2002, p. 18
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