"Há um resto de noite pela rua
que se dissolve em bruma e madrugada.
Há um resto de tédio inevitável
que se evola na tênue antemanhã.
Há um resto de sonho em cada passo
que antes de ser se foi, já não existe.
Há um resto de ontem nas calçadas
que foi dia de festa e fantasia.
Há um resto de mim em toda a parte
que nunca pude ser inteiramente."
Ildásio Tavares (1940-2010). Restos. In: Poesia Sempre. Ano 10, nº 17, Rio de Janeiro, Dezembro/2002, p. 176
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