quinta-feira, 24 de outubro de 2013

A sabedoria do escravo



"Era no segundo andar. Abri a porta e eles já estavam lá. Os empregados do Correio Central. Reparei em uma garota, coitadinha, que tinha apenas um braço. Ficaria ali para sempre. Era como ser um velho bebum como eu. Bem, como diziam os rapazes, você tinha que trabalhar em algum lugar. Então aceitavam o que aparecesse. Essa era a sabedoria do escravo."

Charles Bukowski (1920-1994). Cartas na rua (1971). Porto Alegre: L&PM, 2011, p. 177-8

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