"...mais adiante, no imenso círculo, havia grandes estátuas brancas de rainhas e de outras nobres damas de França, e, ainda mais adiante, no gramado entre as árvores, em todas as direções do parque, esculturas de poetas, de pintores, de sábios; (...) Ramon não pôde conter um sorriso e continuou seu passeio naquele jardim de gênios que, modestos, cercados pela gentil indiferença dos passantes, deviam se sentir agradavelmente livres; ninguém parava para observar o rosto deles ou ler as inscrições nos pedestais. Essa indiferença, Ramon a respirava como a uma calma que consola. Pouco a pouco, um largo sorriso quase feliz apareceu em seu rosto."
Milan Kundera (1929-). A festa da insignificância (2013). São Paulo: Companhia das Letras, 2014, p. 11-12
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