"De modo atrativo e sub-reptício, com humor ou seriedade, as obras de arte — romances, poemas, peças, pinturas ou filmes — podem funcionar como veículos para nos explicar a nossa condição. Podem agir como guias para uma compreensão mais verdadeira, mais judiciosa e mais inteligente do mundo.
Dado que poucas coisas precisam de tanto criticismo (ou insight e análise) quanto a maneira como lidamos com o status e a sua distribuição, não é nenhuma surpresa encontrar na história tantos artistas criando obras que de certa forma contestam os métodos pelos quais as pessoas são classificadas na sociedade. A história da arte está cheia de questionamentos — irônicos, raivosos, líricos, tristes ou divertidos — ao sistema de status."
Alain de Botton (1969-). Desejo de status. Porto Alegre: L&PM, 2013. p. 126
Imagem: cena do filme O discreto charme da burguesia (França, 1972), de Luis Buñuel
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