domingo, 29 de dezembro de 2013

prever o próprio destino



"Talvez quem não conseguisse prever o seu próprio destino fosse por viver ofuscado com o frívolo da vida. A Matilde ponderava. Talvez só não acedesse ao conhecimento lúcido do destino quem passasse na vida como um charlatão, habituando o pensamento a uma superficialidade que falseava os instintos mais genuínos. Seria um modo de desbaratar, uma leviandade a transformar a fortuna de viver numa participação cínica ou anestesiada na criação."

Valter Hugo Mãe (1971-). O filho de mil homens. São Paulo: Cosac Naify, 2013, p. 163-4

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