"Digo ao senhor o que eu ia pensando: em nada. Só esforçava tenção 
numa coisa: que era que devia de guardar tenência simples e constância 
miúda, esperando a novidade de cada momento. Minha pessoa tomava para 
mim um valor enorme. Aquele pássaro mede-léguas erguia voo de pousado no
 meio da estrada, toda vez ia se abaixar dez braças mais adiante, do 
jeito mesmo, conforme comum esses fazem. Bobice dele – não via que o 
perigo torna a vir, sempre?"
 João Guimarães Rosa (1908-1967). Grande Sertão: Veredas (1956). Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001, p. 218

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