"...lia e relia sem trégua o caderno de Ansky, memorizando cada
palavra e sentindo algo muito estranho que às vezes se parecia com a
felicidade e outras vezes com uma culpa vasta como o céu. E que ele
aceitava a culpa e a felicidade e que inclusive, algumas noites, as
somava, e que o resultado dessa soma sui generis era felicidade, mas uma
felicidade sinistra que o dilacerava sem a menor consideração e que
para Reiter não era a felicidade, mas sim Reiter."
Roberto Bolaño (1953-2003). 2666. São Paulo: Companhia das Letras, 2010, p. 706
Nenhum comentário:
Postar um comentário