"...concentrava dentro de seu ser o tempo, vibrando em concordância com ele e trazendo-o consigo, de modo a poder dar ordens às nuvens e aos ventos: não por um ato de vontade arbitrário, mas por uma união, uma ligação que abolia por completo a diferença entre ele e o mundo, entre sua essência íntima e o universo exterior. Então ele ficava parado escutando, num enlevo; punha-se de cócoras, com todos os poros abertos, não só sentindo a vida dos ares e das nuvens em seu íntimo, como também dirigindo essa vida, produzindo-a...".
Hermann Hesse (1877-1962). O jogo das contas de vidro (1943). 4ª ed. Rio de Janeiro: BestBolso, 2010, p. 559
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