"...o que se solicita aos empregados – sobretudo se são trabalhadores
intelectuais – são ideias e não parafusos. E a quantidade total de
ideias produzidas não é diretamente proporcional à quantidade de horas
de permanência no interior de uma empresa.
Na minha opinião é
exatamente o contrário: quanto menos se sai da empresa, quanto mais se
permanece trancafiado lá dentro, como num aquário, de manhã à noite,
menos se recebe estímulos criativos.
Além disso, é preciso recordar que
as pessoas que se habituam a ficar no local de trabalho além do horário
de expediente regular tendem a matar o tempo inventando novos
procedimentos para impor aos outros. E assim, aos poucos, a empresa se
reduz a um amontoado de regulamentos inúteis à sua eficiência, danosos à
sua produtividade e letais à sua criatividade."
Domenico De Masi (1938-). O ócio criativo. Rio de Janeiro: Sextante, 2000, p. 174
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