quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Faça o amor, não faça a guerra

"Partindo do slogan hippie, aparentemente tão ingênuo, o 'faça o amor, não faça a guerra', pode identificar-se sua filosofia: o corpo não está a serviço das Forças Armadas, da competição e da produção industrial, mas é local de encontro e trocas, espaço do prazer que a palavra pode enriquecer, mas não substituir. Desse corpo hierarquizado, do qual os símbolos mais evidentes são as vestimentas e os uniformes, passa-se a um corpo fraternal, local de troca ou de nudez, que se torna o símbolo de encontros, discussões, mais que de exploração e de consumo sexual. 

Essa revolução não violenta fez do corpo o seu campo de 'batalha' pela recusa do corpo produtivo, do corpo obediente, do corpo eficiente a serviço da competição e da violência. [...]"

Roberto Freire (1927-2008). Eu sou meu corpo. In: Roberto Freire. O tesão pela vida: SOMA, uma terapia anarquista. São Paulo: Francis, 2006, p. 55

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