"Partindo do slogan hippie, aparentemente tão ingênuo, o 'faça o
amor, não faça a guerra', pode identificar-se sua filosofia: o corpo não
está a serviço das Forças Armadas, da competição e da produção
industrial, mas é local de encontro e trocas, espaço do prazer que a
palavra pode enriquecer, mas não substituir. Desse corpo hierarquizado,
do qual os símbolos mais evidentes são as vestimentas e os uniformes,
passa-se a um corpo fraternal, local de troca ou de nudez, que se torna o símbolo de encontros, discussões, mais que de exploração e de consumo sexual.
Essa revolução não violenta fez do corpo o seu campo de 'batalha' pela
recusa do corpo produtivo, do corpo obediente, do corpo eficiente a
serviço da competição e da violência. [...]"
Roberto Freire (1927-2008). Eu sou meu corpo. In: Roberto Freire. O tesão pela vida: SOMA, uma terapia anarquista. São Paulo: Francis, 2006, p. 55
Roberto Freire (1927-2008). Eu sou meu corpo. In: Roberto Freire. O tesão pela vida: SOMA, uma terapia anarquista. São Paulo: Francis, 2006, p. 55
Nenhum comentário:
Postar um comentário