"Minhas duas últimas viagens ao exterior foram
feitas sem máquina fotográfica ou celular na bagagem. Fui e voltei sem
uma única foto, o que para muitos talvez signifique 'ela não foi'. Mas
fui. A vida também acontece sem provas documentais." (p. 32)
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"Eu desconfio muito de quem não valoriza o seu ócio predileto e acaba virando gângster de si mesmo. Até podem ganhar prêmios com sua dedicação inumana, mas perdem todo o sabor da vida. São profissionais competentes, por um lado, mas incompetentes por não reconhecerem a importância de alcançar uma certa vadiagem responsável, que é como eu chamo o 'trabalhar sem se matar'.
(...) Woody Allen aconselha todo mundo a trabalhar, claro, mas recomenda que se divirtam com o processo, que não deem bola para o que os outros dizem e que, por mais gratificante que seja ganhar dinheiro, não se deixem levar por ilusões de grandeza. Menos vaidade, mais prazer." (p. 40-1)
"Eu desconfio muito de quem não valoriza o seu ócio predileto e acaba virando gângster de si mesmo. Até podem ganhar prêmios com sua dedicação inumana, mas perdem todo o sabor da vida. São profissionais competentes, por um lado, mas incompetentes por não reconhecerem a importância de alcançar uma certa vadiagem responsável, que é como eu chamo o 'trabalhar sem se matar'.
(...) Woody Allen aconselha todo mundo a trabalhar, claro, mas recomenda que se divirtam com o processo, que não deem bola para o que os outros dizem e que, por mais gratificante que seja ganhar dinheiro, não se deixem levar por ilusões de grandeza. Menos vaidade, mais prazer." (p. 40-1)
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"...um dos sintomas do amadurecimento é
justamente o resgate da nossa jovialidade, só que não a jovialidade do
corpo, que isso só se consegue até certo ponto, mas a jovialidade do
espírito, tão mais prioritária. Você é adulto mesmo? Então pare
de reclamar, pare de buscar o impossível, pare de exigir perfeição de
si mesmo, pare de querer encontrar lógica pra tudo, pare de contabilizar
prós e contras, pare de julgar os outros, pare de tentar manter sua
vida sob rígido controle. Simplesmente, divirta-se.
(...) A aventura do não domínio. Permitir-se o erro. Não se sacrificar em demasia, já que estamos todos caminhando rumo a um mesmo destino, que não é nada espetacular. É preciso perceber a hora de tirar o pé do acelerador, afinal, quem quer cruzar a linha de chegada? Mil vezes curtir a travessia." (p. 52-3)
Martha Medeiros. Feliz por nada. Porto Alegre: L&PM, 2012
(...) A aventura do não domínio. Permitir-se o erro. Não se sacrificar em demasia, já que estamos todos caminhando rumo a um mesmo destino, que não é nada espetacular. É preciso perceber a hora de tirar o pé do acelerador, afinal, quem quer cruzar a linha de chegada? Mil vezes curtir a travessia." (p. 52-3)
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