terça-feira, 8 de janeiro de 2013

aurora boreal


"Os planos todos dispersos
os primeiros estranhamentos com o filho,
mecânico e pesado o coração destila
uma coleção de remorsos.
Fecho os olhos de horror e eis que
das obscuras raízes
do centro de minha fronte
das rendas negras da carne
esplêndida e cintilante
desponta
a aurora boreal"

Antonio Carlos de Brito (1944-1987). In: Heloisa Buarque de Hollanda (org.). 26 poetas hoje, p. 46

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