sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Pará de Minas

Estamos aqui hoje, nesta grandiosa solenidade, comemorando os 149 anos de emancipação político-administrativa de Pará de Minas: momento importante na história do nosso município, em que a Câmara e a Prefeitura Municipal outorgam a alguns de seus cidadãos o Título de Cidadania e o Diploma de Honra ao Mérito, registrando, para a posteridade, a contribuição de cada um desses honrados escolhidos na construção de uma Pará de Minas melhor para todos.

É com muita alegria que me dirijo às autoridades aqui presentes, responsáveis por essa solenidade, e agradeço, em nome dos meus colegas (apaixonados, como eu, por essa cidade maravilhosa), essa importante homenagem que nos é prestada.

A nossa responsabilidade é muito grande, pois entendo que, através de nós, esse reconhecimento público dos poderes legislativo e executivo do nosso município se estende a todos aqueles que, de diversas formas, deram a sua contribuição ao crescimento de Pará de Minas: professores, empresárias e empresários, cozinheiros e cozinheiras, donas e donos de casa, profissionais liberais, agricultores, pecuaristas (...): a lista é extensa; mas não existe nela, tenho certeza, uma hierarquia baseada em títulos, riqueza e poder. Todos somos importantes, pois seguimos, juntos, pelo mesmo rio da História; um rio que, segundo o célebre historiador austríaco Ernst Gombrich, possui ondas ruidosas como as ondas do mar: “O vento é forte, a crista das ondas é coberta de espuma. Ao ritmo das ondas, gotículas sobem à superfície e depois desaparecem. A crista da onda as carrega por um instante, depois elas voltam a cair, como engolidas, e desaparecem. Cada um de nós não é nada mais do que essa gota cintilante, minúscula, sobre as ondas do tempo que correm debaixo de nós para mergulhar na névoa indefinível do futuro. Nós emergimos da água, olhamos à nossa volta e, antes mesmo de percebermos, já desaparecemos. É impossível nos ver no grande rio do Tempo. Constantemente novas gotas vêm à tona. E o que chamamos de nosso destino nada mais é do que nossa luta no meio dessa multidão de gotas, o tempo de um simples subir e descer da onda. Esse instante é breve, mas queremos aproveitá-lo. Vale a pena”.

Cabe a nós, durante esse breve instante que é a vida, escolhermos como melhor aproveitá-la. Cada um é livre para fazer a escolha que quiser, mas acredito que fazer o bem é como jogar uma pedra em um rio: as ondas circulares que se formam à flor da água representam a energia positiva que atinge a todos que nos cercam, e que acaba sempre voltando a nós, aos nossos familiares e amigos, mais cedo ou mais tarde.

Por isso, acredito que, se hoje estamos aqui, recebendo essa bela homenagem, é porque plantamos alguma coisa de bom para a nossa Pará de Minas.

Em nome de meus colegas, presentes nesta solenidade, e de todas as pessoas que aqui, nesta terra querida, cultivaram o bem, o meu muito obrigado a Pará de Minas - e parabéns, pelos seus 149 anos.

Flávio Marcus da Silva - Setembro/2008

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