"O inventor das máquinas que mudam a vida da terra
trabalha na bruta sala de cimento armado.
Tantos dínamos, êmbolos, cilindros mexem naquela cabeça
que ele não escuta o barulho macio
das almas penadas
esbarrando nos móveis."
Murilo Mendes (1901-1975). Poemas (1925-1929) e Bumba-meu-Poeta (1930-1931). Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1988, p. 38
Imagem: "Murilo Mendes" (1930), por Alberto da Veiga Guignard (1896-1962)
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