Vejo o último jornal da noite. Nada.
Ando pela casa. Entro na biblioteca, mas não leio nenhum livro. Tomo um Lexotan do velho, mas mesmo assim não consigo dormir. Sou duro na queda.
Às sete horas da manhã vou ver o velho. Ele já está acordado. Sigo as instruções. Primeiro lavo os olhos dele com água boricada. Depois tiro o fraldão que está sujo de merda e urina. Limpo o velho com uma esponja, sentindo um nojo muito grande. Visto um pijama nele.
“Vou trazer seu chá com torradas.”
Trecho do conto "O livro de panegíricos", de Rubem Fonseca
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