quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Larguras de claridade



"Assim eu entrei dentro da minha liberdade. (...) Somente eu sabia respirar. Sumo bebi de mim, e do que eu não me tonteava. Só estive em meus dias. E ainda hoje, o suceder deste meu coração copia é o eco daquele tempo; e qualquer fio de meu cabelo branco que o senhor arranque, declara o real daquilo, daquilo – sem traslado... Ali eu diante de portas abertas, por livre ir, às larguras de claridade... Acho que foi assim."
João Guimarães Rosa (1908-1967). Grande Sertão: Veredas (1956). Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001, p. 481

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