sexta-feira, 15 de maio de 2015

Manhãs de primavera

"Ah! entrei naquelas várzeas em muitas manhãs inaugurais de primavera, saltando de uma saliência a outra, de uma raiz de salgueiro a outra, quando o agreste vale ribeirinho e os bosques estavam banhados numa luz tão pura e brilhante que despertaria os mortos, se estivessem adormecidos em seus túmulos, como supõem alguns. Não é necessária nenhuma prova mais sólida da imortalidade. Todas as coisas devem viver a uma tal luz. Onde estava, ó Morte, teu aguilhão? Onde estava, ó Túmulo, tua vitória então?"

Henry David Thoreau (1817-1862). Walden (1854). Porto Alegre: L&PM, 2014, p. 300

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