segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013
Toca minha mão
(...)
Toca minha mão.
Quem fez o amor não vazará meus olhos
porque busco a alegria.
A vida não vale nada,
por isso gastei meus bens,
fiz um grande banquete e este vestido.
Olha-me para que ardam os crisântemos
e morra a puta
que pariu minha tristeza.
Adélia Prado. O coração disparado (1978). In: Poesia reunida. São Paulo: Arx, 1991. p. 192
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