A morte de Tsvetaeva elevou-a acima da Terra – e ela continua ali. Em 1913, pensando em sua morte, ela escreveu num poema:
[...] ‘Não sou eu que será colocada sob a terra,
Não, não sou eu.’
Ela tinha toda a razão: apenas seus despojos mortais repousam no cemitério de Elabuga; o poeta não conhece a morte. Ou ainda: a morte não o impede de continuar a doar; simplesmente, ele não pode mais receber. Jesus também não crê em sua morte definitiva: ‘Pois no lugar em que dois ou três se reúnam em meu nome, estou no meio deles.’
Tzvetan Todorov. A Beleza salvará o Mundo (Wilde, Rilke e Tsvetaeva: os aventureiros do absoluto). Rio de Janeiro: Difel, 2011. p. 248
[...] ‘Não sou eu que será colocada sob a terra,
Não, não sou eu.’
Ela tinha toda a razão: apenas seus despojos mortais repousam no cemitério de Elabuga; o poeta não conhece a morte. Ou ainda: a morte não o impede de continuar a doar; simplesmente, ele não pode mais receber. Jesus também não crê em sua morte definitiva: ‘Pois no lugar em que dois ou três se reúnam em meu nome, estou no meio deles.’
Tzvetan Todorov. A Beleza salvará o Mundo (Wilde, Rilke e Tsvetaeva: os aventureiros do absoluto). Rio de Janeiro: Difel, 2011. p. 248
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