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Com suas camisas rosas e verdes e azuis e corpos brancos e simétricos apodrecendo e calções listrados, olhos esvaziados de olhar, bocas desbocadas, caminhavam por aí, cheios de cor, como se cores pudessem ressuscitar a morte e transformá-la em vida. Eles eram uma espécie de carnaval da decadência americana, um desfile, e não faziam ideia da atrocidade que infligiam a si mesmos.
Charles Bukowski, Ao Sul de Lugar Nenhum: histórias da vida subterrânea (1973). Porto Alegre: L&PM, 2011, p. 165-6.
Charles Bukowski, Ao Sul de Lugar Nenhum: histórias da vida subterrânea (1973). Porto Alegre: L&PM, 2011, p. 165-6.
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