terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Eu primeiro

Se você quer saber como é a natureza básica do ser humano, basta observar crianças de dois anos em ação. Seu caráter pode ser resumido em duas palavras: "Eu primeiro."

Isso até é gracioso em criancinhas, mas fica um tanto repulsivo em alguém com cinqüenta anos.

Passei minha carreira lidando com executivos que são verdadeiras "crianças grandes". Por trás de todos os truques de estilo - charme, perspicácia, inteligência e um belo terno Armani - está uma criança mimada batendo o pé: "Eu primeiro, e você que se dane!"

Esse é um dos estranhos e belos paradoxos da vida. Quando rompemos com o "eu" e nos empenhamos em atender as legítimas necessidades dos outros, nossas carências também são satisfeitas.

Se desejamos nos tornar líderes eficazes e seres humanos melhores, precisamos superar esse problema do "eu primeiro". Precisamos amadurecer. Quando nos candidatamos a ser o líder, as necessidades das outras pessoas tornam-se a coisa mais importante na escala de prioridades. Não por acaso, no serviço militar dos Estados Unidos, os soldados comem primeiro, os oficiais depois.

HUNTER, James C. In: The World's Most Powerful Leadership Principle (2004).

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