domingo, 14 de dezembro de 2014

A arte e a ciência de não fazer nada


"Colocar a cabeça constantemente num estado de vigilância é muito perigoso a longo prazo. Só como exemplo, uma recente revisão sistemática de todos os estudos clínicos sobre horas de trabalho e doença cardíaca coronária mostrou que as pessoas que trabalham mais horas têm 40% de risco extra de doença do coração. Isso é quase tão grave quanto fumar. Acho que quando realmente podemos ficar ociosos sem culpa ou vergonha, nosso cérebro pode processar toda a energia emocional – e a princípio isso pode parecer estranho, mas é certamente benéfico para nossa saúde física e mental a longo prazo." (p. 47)
"Acredito que coisas como a desigualdade de riquezas e o tipo de economia de privilégios que temos impedem as pessoas de realmente descobrirem o que gostam de fazer – ou não fazer, conforme o caso." (p. 48)
"Não estou certo sobre o que deveria vir antes: a luta por melhores salários ou por menos trabalho. Isso porque incrementar marginalmente seu salário parece sempre levar a muito mais trabalho em proporção à remuneração, já que as empresas precisam a todo momento maximizar os lucros..." (p. 49)

Entrevista com Andrew Smart, sobre seu livro "Autopilot: The Art and Science of Doing Nothing". OR Books. In: Revista
Vida Simples, jun. 2014

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