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O povo é uma prostituta que se vende a preço baixo. Meu amigo Lisâneas Maciel, no meio de uma campanha eleitoral, me dizia que estava difícil porque o outro candidato a deputado estadual estava comprando votos a troco de franguinhos da Sadia. E a democracia se faz com os votos do povo. Seria maravilhoso se o povo agisse de forma racional, segundo a verdade e segundo os interesses da coletividade. Mas uma das características do povo é a facilidade com que ele é enganado. O povo é movido pelo poder das imagens e não pelo poder da razão. Na verdade, quem decide as eleições são os produtores de imagens. Os partidos tratam de comprar, a preço de ouro, os melhores produtores de imagens. Os votos, nas eleições, dizem quem é o melhor produtor de imagens... O povo não pensa. Somente os indivíduos pensam. Mas o povo detesta os indivíduos, isto é, aqueles que, em meio à irracionalidade coletiva, continuam a pensar. Uma coisa é o ideal democrático, que eu amo. Outra coisa são as práticas de engano pelas quais o povo é seduzido. O povo é a massa de manobra sobre a qual os espertos trabalham.
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