Ontem cheguei em BH por volta de nove da manhã. Ônibus lotado. Rodoviária lotada. Calor insuportável. Na mochila eu levava uma camisa branca de algodão, uma garrafinha de água mineral e trezentos reais para gastar em livros, café, comida japonesa e chocolate amargo. Tinha o dia todo para caminhar, observar, pensar, recordar, ler, beber e comer.
Lá pelo meu terceiro café expresso, caminhando pela Savassi, entre a Ouvidor e a Travessa, eu me recordei do tempo em que ali mesmo, naquele miolo, eu me sentava à mesa com meus colegas historiadores, e a gente se lançava a acalorados debates sobre a Escola dos Annales, o Marxismo, a Nova História Cultural etc. Tomávamos café, capuccino ou vinho tinto [daqueles mais em conta] e comíamos queijo e amendoim. Eram discussões apaixonadas que não levavam a absolutamente nada. Mas e daí?
Dos livros que eu trouxe, não vejo a hora de ler o novo do Rubem Fonseca, O Seminarista, e o clássico de Charles Bukowski, Misto-quente.
Na foto, o Kahlua Café, na Rua Guajajaras
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