“Tenho 38 anos e já sou um velho. Não me sinto mais sábio nem mais maduro. Mais estúpido. Mais podre do que maduro. Como uma fruta podre. Como o bagaço. Talvez tenha algo a ver com o trópico. Tudo amadurece e apodrece com facilidade aqui. Nada persiste...
Já sou velho. Desde os 13 anos nos prostíbulos. Aos 15, achava-me um gênio. Aos 25, dono de uma elegante loja de móveis. Depois Laura...
Minha vida é como um vegetal monstruoso e fofo, de folhas enormes e sem frutos.”
Do filme "Memórias do subdesenvolvimento" (1968), de Tomás Gutiérrez Alea
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