"Não acredito em pressentimentos, e augúrios
Não me amedrontam. Não fujo da calúnia
Nem do veneno. Não há morte na Terra.
Todos são imortais. Tudo é imortal. Não há por que
Ter medo da morte aos dezessete
Ou mesmo aos setenta. Realidade e luz
Existem, mas morte e trevas, não.
Estamos agora todos na praia,
E eu sou um dos que içam as redes
Quando um cardume de imortalidade nelas entra."
Arseni Tarkóvski (1907 - 1989), poeta russo. In: Andrei Tarkóvski. Esculpir o tempo. Tradução de Jefferson Luiz Camargo. São Paulo: Martins Fontes, 1990
Foto: Arseni Tarkóvski com seu filho Andrei (década de 30)
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