quinta-feira, 3 de abril de 2014

Autorretrato com a orelha cortada



"O Vincent que vimos, tão confiante na sua arte, com uma euforia interior indispensável para realizar uma obra em que a cor atingia tal intensidade, estava morto. O homem que o zuavo Milliet descrevia como o inocente que compunha telas de cores alucinantes não existia mais. Daqui por diante, é quase uma sombra que seguiremos até o fim, ou um morto em liberdade condicional que não cessa de automutilar-se, para denegrir sua obra ou atentar contra sua vida, até o momento de realizar a mutilação suprema que é o suicídio."

David Haziot. Van Gogh. Porto Alegre: L&PM, 2010. p. 254

Imagem: "Autorretrato com a orelha cortada" (1889), de Vincent Van Gogh (1853-1890)

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