"As consequências sociais, econômicas e políticas da devastação das florestas, erosão e esgotamento dos solos, degradação do clima, extinção das espécies animais e vegetais. Pauta do dia? Sim - desde 1786.
Muito antes do que se costuma imaginar, já se discutia no Brasil, de forma consistente e criativa, a destruição do meio ambiente. Analisando cerca de 150 textos de época, produzidos por mais de 50 autores, este livro reconstitui pela primeira vez, de maneira lúcida e abrangente, um capítulo fascinante e praticamente esquecido na história do pensamento social brasileiro: a crítica ambiental nos séculos XVIII e XIX.
Nomes como José Bonifácio, Joaquim Nabuco, Baltasar da Silva Lisboa e Francisco Freire Alemão, entre vários outros, dedicaram-se ao debate ambiental. E - ainda mais espantoso - muitos perceberam que a superação das práticas devastadoras, a partir de um esforço consciente de modernização tecnológica, passava necessariamente pela implementação de reformas socioeconômicas profundas, que rompessem com o legado do colonialismo: o tripé escravidão-latifúndio-monocultura.
Destruir matos virgens, ... e sem causa, como até agora se tem praticado no Brasil, é extravagância insofrível, crime horrendo e grande insulto feito à natureza. Que defesa produziremos no Tribunal da Razão, quando os nossos netos nos acusarem de fatos tão culposos?
A pergunta que José Bonifácio se fez em 1821 vale ainda hoje. Um sopro de destruição nos permite identificar a origem de inúmeros problemas que persistem no país, funcionando como um alerta para a profundidade e urgência da questão ambiental no Brasil". (Orelha do livro).
Nomes como José Bonifácio, Joaquim Nabuco, Baltasar da Silva Lisboa e Francisco Freire Alemão, entre vários outros, dedicaram-se ao debate ambiental. E - ainda mais espantoso - muitos perceberam que a superação das práticas devastadoras, a partir de um esforço consciente de modernização tecnológica, passava necessariamente pela implementação de reformas socioeconômicas profundas, que rompessem com o legado do colonialismo: o tripé escravidão-latifúndio-monocultura.
Destruir matos virgens, ... e sem causa, como até agora se tem praticado no Brasil, é extravagância insofrível, crime horrendo e grande insulto feito à natureza. Que defesa produziremos no Tribunal da Razão, quando os nossos netos nos acusarem de fatos tão culposos?
A pergunta que José Bonifácio se fez em 1821 vale ainda hoje. Um sopro de destruição nos permite identificar a origem de inúmeros problemas que persistem no país, funcionando como um alerta para a profundidade e urgência da questão ambiental no Brasil". (Orelha do livro).
José Augusto Pádua, Um Sopro de Destruição: pensamento político e crítica ambiental no Brasil escravista (1786-1888). 2 ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004.
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