"Mulheres muitas carregando pesados
papéis e leves grampeadores passam
com ar febril dos mais atarefados.
Soldados
perfilam-se nos corredores.
Senhores
entram apoiados em negras
malinhas trepidantes e paletós quadrados.
A secretária atura desaforos e cala. O boy
espreme espinhas pela sala, com sono.
Há uma pilha de pastas em cada mesa.
Em cada coração, um vazio.
A hora do café no copinho
de plástico é a salvação da lavoura."
Leonardo Fróes (1941-). Vertigens (Obra reunida, 1968-1998). Rio de Janeiro: Rocco, 1998. p. 274
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