"Não acuso. Nem perdôo.
Nada sei. De nada.
Contemplo.
Quando os homens apareceram,
eu não estava presente.
Eu não estava presente,
quando a terra se desprendeu do sol.
Eu não estava presente,
quando o sol apareceu no céu.
E, antes de haver o céu,
EU NÃO ESTAVA PRESENTE.
Como hei de acusar ou perdoar?
Nada sei.
Contemplo."
...
Cecília Meireles (1901-1964). Melhores poemas. 12ª ed. São Paulo: Global, 2000. p. 59
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