sábado, 13 de outubro de 2012

Sobre "Os detetives selvagens", de Roberto Bolaño



"...quando você está apaixonado por um livro específico (...) você só terá olhos para ele, seja na sala de espera do urologista, na fila do ônibus ou na arquibancada do Pacaembu.

É o caso de 'Os detetives selvagens', de Roberto Bolaño, com o qual vivo um intenso caso de amor atualmente. Nossa relação começou há um mês mais ou menos, em meados de agosto, numa noite estranha aqui relatada numa crônica anterior, não por acaso intitulada 'Os detetives selvagens'. Como toda a história de amor, minha relação com esse livro começou amena, como dois pugilistas que se observam no primeiro round e agora, passado um mês, estamos engalfinhados como dois lutadores de Ultimate Fighting, desses que sangram juntos e fazem confundir o telespectador, que não sabe se assiste a uma luta ou a um coito."

(Tony Belloto, em sua coluna no blog da Companhia das Letras)


"Li 'Os detetives selvagens' em três dias. Durante esses dias só tive três atividades: comer pizza (lendo), ir ao banheiro (lendo) e dormir um pouco (sonhando que lia). Estava passando por um momento horrível na minha vida e a única coisa que queria fazer era ler Bolaño. Ler com desespero. Ler como se em alguma das 622 páginas do livro estivesse escondida a resposta a meus problemas. Como se ler o livro sem parar fosse um encantamento, uma fórmula mágica. Ou uma oração. E funcionou. Saí do livro mais deprimido, mas com uma fé raivosa na literatura e com minha vocação de escritor fortalecida." 

(Juan Pablo Villalobos, para o blog da Companhia das Letras)

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