Hoje estou pelo avesso e não é feio.
A solidão está na carne aberta viva e não é feia.
A indiferença em mim pelo que é de aparência e artifício está no meu avesso em grito mudo e não é feia.
Tudo que é parte do que em mim sou eu pelo avesso não é feio.
Nem belo.
- É
Sou eu pelo avesso o avesso de mim,
que sou mais eu ainda do que o não avesso de mim.
Sou eu na mais pura verdade de mim –
na mais pura solidão escura e vibrante e alegre de mim.
Meu coração dói de ser eu pelo avesso e vivo e sofro.
Sozinho eu sofro
e alegre vivo o ser
que pelo avesso me sou e me faz de mim algo
que dentro de mim sou eu.
Sou eu pelo avesso
quando digo Sim
ao que vem do mais fundo
do avesso em mim:
um grito
uma dor no escuro
uma luz:
Liberdade –
O não-medo da morte
O não-medo da vida
No quarto escuro do meu avesso de mim
não há planos nem projetos,
nem vitórias nem derrotas
não há nada que não sou eu –
no escuro iluminado e puro de mim
Sou pura aceitação de mim no avesso
- Sou
E só
A solidão está na carne aberta viva e não é feia.
A indiferença em mim pelo que é de aparência e artifício está no meu avesso em grito mudo e não é feia.
Tudo que é parte do que em mim sou eu pelo avesso não é feio.
Nem belo.
- É
Sou eu pelo avesso o avesso de mim,
que sou mais eu ainda do que o não avesso de mim.
Sou eu na mais pura verdade de mim –
na mais pura solidão escura e vibrante e alegre de mim.
Meu coração dói de ser eu pelo avesso e vivo e sofro.
Sozinho eu sofro
e alegre vivo o ser
que pelo avesso me sou e me faz de mim algo
que dentro de mim sou eu.
Sou eu pelo avesso
quando digo Sim
ao que vem do mais fundo
do avesso em mim:
um grito
uma dor no escuro
uma luz:
Liberdade –
O não-medo da morte
O não-medo da vida
No quarto escuro do meu avesso de mim
não há planos nem projetos,
nem vitórias nem derrotas
não há nada que não sou eu –
no escuro iluminado e puro de mim
Sou pura aceitação de mim no avesso
- Sou
E só
Flávio Marcus da Silva
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