(...)
Tem dias que levanto com o firme propósito de pular o dia. Ainda não estou preparado para viver. Quero trabalhar sem ser notado. Invisível. Por favor, que ninguém puxe conversa, que nenhuma reunião seja marcada, que ninguém olhe nos meus olhos e pergunte se estou bem. Deixem eu causar o mínimo de impacto e voltar. Saio já esperando a noite: vou jantar, ver algum filme que já vi e dormir. Muito. Talvez amanhã eu esteja pronto. Talvez eu continue encolhido por um mês.
Gustavo Gitti, Confissões
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