Stephen Crane (1871-1900) foi uma supernova no firmamento literário americano da década de 1890, irrompendo no cenário e brilhando com energia intensa durante vários anos até a morte prematura. No entanto, foi tão prolífico durante sua breve carreira, que a edição standard de sua obra completa contém nada menos que dez grossos volumes de ficção, poesia e jornalismo. Como outros autores de contos realistas, Crane foi treinado no jornalismo. Mas, em seus melhores escritos, transpôs o realismo para chegar à ironia, à paródia e ao impressionismo. Era tanto aprendiz quanto pioneiro, aprendendo seu ofício ao mesmo tempo que alterava o curso da história da literatura americana. Quem sabe quanto ainda teria realizado se não fosse colhido pela morte?
Fragmento da Introdução de Gary Scharnhorst ao livro O emblema vermelho da coragem (The red badge of courage), de Stephen Crane, publicado em 1895. São Paulo: Penguin Classics Companhia das Letras, 2010, p. 15.
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