A infância transcorre serena e cheia de pequenos mistérios. Vinicius tem, constantemente, sua imaginação posta à prova pelos tios mais velhos. A matéria bruta da infância, sem que a família tenha consciência disso, começa a ser talhada. É um menino endiabrado, que não consegue ficar quieto e gosta de mandar. Está sempre imerso, entretanto, num turbilhão de fantasias que, seguramente, começam a servir como o pântano disforme de sustos, impressões e imagens imprecisas em que, aos poucos, a poesia desabrochará.
José Castello, Vinicius de Moraes: O Poeta da Paixão. Uma biografia. São Paulo: Cia das Letras, 1994. p. 35.
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